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Agosto Lilás: violência contra a mulher

Uma mulher brasileira de pele morena clara, expressão firme e serena, usando camiseta lilás em um fundo com tons suaves da mesma cor. Ao fundo, silhuetas simbólicas de outras mulheres unidas, representando sororidade. O cenário transmite esperança e força. Elementos visuais sutis indicam proteção, como luz suave em torno da personagem principal. O estilo é realista e levemente editorial, próprio para capa de artigo informativo sobre violência contra a mulher no contexto do Agosto Lilás.

A cada minuto, uma mulher é vítima de violência no Brasil. O dado é alarmante, mas real. Por isso, o Agosto Lilás se tornou um mês fundamental para reforçar a luta pelo fim da violência contra a mulher e divulgar os direitos garantidos pela Lei Maria da Penha.

Neste artigo, você vai entender:

  • o que é o Agosto Lilás;

  • os diferentes tipos de violência contra a mulher;

  • quais são os canais de denúncia;

  • como a autonomia financeira pode ajudar a romper ciclos de abuso.


O que é o Agosto Lilás?

O Agosto Lilás é uma campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, criada para marcar o aniversário da Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006. Essa legislação é uma das mais importantes no combate à violência de gênero no Brasil, sendo reconhecida internacionalmente por sua abrangência e impacto.

Além disso, durante o mês de agosto, estados e municípios promovem ações informativas, rodas de conversa, atendimentos especializados e mobilizações nas redes sociais. Portanto, o período não é apenas simbólico — ele representa uma chamada coletiva à ação.

Segundo a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, o Agosto Lilás mobiliza diversos setores da sociedade civil, escolas, universidades, empresas e serviços públicos. Dessa forma, a campanha amplia o debate sobre o enfrentamento à violência de forma contínua e educativa.


Violência contra a mulher: um problema estrutural

A violência contra a mulher não é um caso isolado, como muitos ainda pensam. Trata-se de um problema estrutural e multifacetado, enraizado em desigualdades históricas de gênero, relações de poder e ausência de políticas públicas eficazes.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, os dados são preocupantes:

  • Em 2023, foram registradas 1.463 vítimas de feminicídio no Brasil — uma média de 4 mulheres assassinadas por dia.

  • Além disso, foram contabilizadas mais de 245 mil agressões com lesão corporal em contextos de violência doméstica.

  • O disque 180 recebeu mais de 110 mil denúncias de violência contra a mulher.

Entretanto, esses números não incluem os inúmeros casos que permanecem ocultos, pois muitas mulheres ainda não se sentem seguras para denunciar. Seja por medo, dependência econômica ou falta de apoio, o silêncio ainda é imposto a milhares de vítimas.


Quais são os tipos de violência contra a mulher?

A Lei Maria da Penha reconhece cinco tipos principais de violência contra a mulher. Compreender essas formas é essencial para identificá-las e combatê-las de maneira eficaz.

1. Violência física

Esse é o tipo mais visível de agressão. Envolve empurrões, tapas, socos, estrangulamentos ou qualquer ato que cause dor e lesão corporal. Importante ressaltar que, embora seja a forma mais denunciada, ela geralmente é o último estágio de um ciclo que começou de forma sutil.

2. Violência psicológica

Mais silenciosa, essa violência destrói a autoestima da mulher. Isso inclui humilhações, ameaças, isolamento, chantagens emocionais e manipulações que minam sua saúde mental. Ainda que não deixe marcas físicas, o impacto emocional pode ser devastador.

3. Violência sexual

Esse tipo ocorre quando a mulher é forçada ou coagida a manter relações sexuais contra a sua vontade. Também engloba a proibição do uso de métodos contraceptivos ou o impedimento do exercício da sexualidade de forma livre e segura.

4. Violência patrimonial

Menos discutida, mas igualmente grave, a violência patrimonial envolve a destruição de objetos, documentos, retenção de dinheiro, controle financeiro e apropriação de bens da vítima. Frequentemente, ela impede a mulher de ter autonomia sobre sua própria vida.

5. Violência moral

Essa forma diz respeito a ações que ferem a reputação e a dignidade da mulher. Isso pode incluir difamação, calúnia, xingamentos e boatos. Ainda que seja comum em relacionamentos abusivos, também pode ocorrer no ambiente de trabalho ou em espaços públicos.


Como denunciar?

No Brasil, existem diversos canais gratuitos e sigilosos para realizar denúncias de violência contra a mulher. Conhecê-los é fundamental tanto para vítimas quanto para testemunhas.

  • 📞 Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher (24h por dia, em todo o território nacional);

  • 📞 Ligue 190 – Polícia Militar (em caso de emergência);

  • 👮‍♀️ Delegacia da Mulher – presencialmente ou por plataformas digitais, dependendo do estado;

  • 💻 Delegacia Virtual – serviço online disponível em vários estados.

Além disso, é importante lembrar que qualquer pessoa pode denunciar. Você não precisa ser a vítima direta para acionar os órgãos competentes. Portanto, se testemunhar algo suspeito, não hesite em agir.


Autonomia financeira: um caminho para romper ciclos de violência

A dependência econômica é um dos principais fatores que mantêm mulheres em relacionamentos abusivos. Segundo o IBGE (2022), cerca de 34% das mulheres brasileiras não têm renda própria, o que dificulta sua autonomia.

Diante desse cenário, educação financeira e geração de renda são ferramentas poderosas para promover liberdade. Ao aprender a gerir seu dinheiro, buscar capacitação ou empreender, a mulher fortalece sua capacidade de decisão e segurança.

É por isso que conteúdos como “Reorganizar finanças pessoais: um novo começo para 2025” e “Planilha de gastos mensais simples para organizar suas finanças”, entre outros, são especialmente relevantes. Eles ajudam mulheres a darem passos concretos em direção à independência.


Como apoiar uma vítima com responsabilidade?

Você conhece alguém que pode estar em situação de violência? Se sim, saiba que há maneiras seguras de oferecer apoio sem colocar a vítima em risco.

  • Escute com empatia, sem interromper e, principalmente, sem julgar;

  • Evite pressionar a denunciar ou tomar atitudes imediatas;

  • Informe sobre canais de apoio, como o 180 ou serviços da sua cidade;

  • Ofereça ajuda prática, como acompanhar em atendimentos ou acolher temporariamente;

  • Nunca confronte o agressor diretamente, pois isso pode aumentar o risco de retaliação.

A escuta ativa, o acolhimento e o apoio prático são formas poderosas de quebrar o isolamento da vítima. Com empatia e informação, é possível salvar vidas.


Agosto Lilás é só o começo

Apesar da importância do Agosto Lilás, a luta contra a violência contra a mulher deve ocorrer durante todo o ano. Conscientizar é o primeiro passo. No entanto, é preciso investir continuamente em políticas públicas, educação de gênero e combate à cultura da impunidade.

Se você está em uma situação de violência ou conhece alguém que esteja, não se cale. Procure ajuda. Sua vida e sua liberdade importam.

E se você quer contribuir com essa causa, compartilhe este conteúdo e amplifique a mensagem. Violência contra a mulher não é problema de uma só — é responsabilidade de todos nós.

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